Seminário Regional do EJA
Coordenadora Pedagógica da 27ª CRE Lúcia Barcelos
Veja Reportagem na íntegra
“O debate sobre a reforma da previdência deve ser aberto e amplo. Esperamos que as propostas apresentadas pelo Governo ao Legislativo sejam analisadas por vocês. A diferenciação de alíquotas da previdência não retira direitos duramente conquistados; ela visa ao estancamento do déficit e à retomada da curva ascendente de salários”, frisou a secretária em exercício, pronunciamento que recebeu aplausos. Maria Eulália enfatizou que 17% dos salários do Estado sofrerão aumento de alíquota. A ideia é que até o teto de R$ 3,7 mil, o servidor continue pagando 11% para a previdência. “A alíquota de 16,5% será aplicada à diferença entre o salário e este teto, ou seja, um salário de R% 5 mil pagará 11% sobre os R$ 3,7 mil do teto e 16,5% sobre os R$ 1,3 mil restantes”, ilustrou. “Trata-se de garantir que daqui a 10 anos nossas aposentadorias e a pensão dos nossos dependentes sejam pagos integralmente, em vez de caminharmos para a derrocada do Estado”, disse a secretária, que até dezembro de 2010 era professora da EJA na Zona Norte da Capital.
Adriana Rodrigues, assessora da EJA no Departamento Pedagógico da Seduc, reiterou a realização do seminário como uma iniciativa de “resgate da formação continuada em serviço”, reivindicação permanente da categoria.
O debate da manhã prosseguiu com a palestra “Relações com a EJA e diretrizes curriculares na/para EJA”, da professora Elisete Enir Bernardi Garcia, coordenadora e supervisora da PEJA/Smed São Leopoldo, que parte do princípio de que “discutir a EJA justifica-se pelas ausências e as presenças das políticas educacionais
Ela propõe como necessidade para a EJA: "oferta de aulas nos turnos diurno e noturno; articulação do currículo com o mundo do trabalho, política de ingresso, permanência e saída dos alunos, alternativas pedagógicas para estudantes com defasagem idade-série e política de formação e lotação com permanência dos professores". Além disso, Elisete sugere investimento na perspectiva das Redes Sociais, na aprendizagem, na diversidade e na vida, investir na relação professor-aluno, é preciso ter projeto de vida.
Participam do encontro no auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa da Capital mais de 500 pessoas, entre professores, supervisores e coordenadores pedagógicos representantes de 141 escolas que têm turmas de EJA na abrangência das seis CREs, além de dois representantes de cada Coordenadoria participante. Participaram da cerimônia de abertura do Seminário os coordenadores regionais da Educação Tânia Soares (1ª), Maria Luiza da Cunha Sedrez (2ª), Leni Kray (11ª), Edson Portilho (27ª) e o coordenador-adjunto da 28ª CRE, Luciano da Silva. Os debates prosseguem também à tarde (confirma programação abaixo).
Programação
Manhã:
Palestra 2 - Aspectos relevantes da Resolução CEED 313/2011 – Prof. Antônio Saldanha (Coordenador Coordenação de Estrutura e Funcionamento Escolar/Seduc)
Momentos de discussão e esclarecimentos de questionamentos
Almoço
Tarde – 13h30 – Apresentação de Boas Práticas
1)Relação da EJA com tecnologia da informação – EEEM Villa Lobos – São Leopoldo
2)O papel da EJA na reintegração social – EEEF Irmão Miguel Dario – Prisional semiaberto – Porto Alegre
3)A inclusão na EJA – EEEF São Francisco de Assis – Porto Alegre
4)Organização curricular por área de conhecimento – EEEM Caetano Gonçalves da Silva – Esteio
Lanche
Palestra 3 – Compartilhamento de experiências significativas de trabalho com a EJA – Profa. Dóris Maria Luzzardi Fiss (Professora do Curso de Aperfeiçoamento em EJA e Educação Social
Debates e questionamentos
Avaliação e encerramento"
Relato de Experiência apresentado pela EE de Ensino Médio Caetano Gonçalves da Silva
Sugeriram a redução do número de disciplinas semanais e o aumento da carga horária das mesmas, com possibilidade de melhor organização para aquisição do conhecimento.
A carga horária e Lei foram preservadas, nos aspectos qualitativos e quantitativos.
Os/As professores/as possuem menos turmas, possibilitando melhorar o conhecimento do aluno e organização de seus planos de trabalho; e disseram que estão abertos para a Lei votada em 05/05 pelo CNE que dá maior flexibilidade e autonomia às escolas frente a distribuição da carga horária.