segunda-feira, 6 de junho de 2011

Coordenador Edson Portilho fez uso da palavra em evento no Salão de Atos Dante Barone da Assembléia Legislativa em Porto Alegre

Seminário Regional do EJA












Coordenadora Pedagógica da 27ª CRE Lúcia Barcelos
Veja Reportagem na íntegra



"A secretária de Estado da Educação em exercício, Maria Eulalia do Nascimento, abriu na manhã desta quarta-feira (1º), o Seminário Regional da Educação de Jovens e Adultos (EJA) das 1ª (Porto Alegre), 2ª (São Leopoldo), 11ª (Osório), 12ª (Guaíba), 27ª (Canoas) e 28ª (Gravataí) Coordenadorias Regionais de Educação (CRE). Além de reafirmar a EJA como um direito daqueles que não tiveram oportunidade de estudar na idade escolar e, por isso, uma tarefa da secretaria e da assessoria da EJA construir uma linguagem e afirmar que a educação de jovens e adultos é uma modalidade regular de ensino, a secretária-adjunta reafirmou os eixos prioritários da Seduc para esta gestão: a formação continuada dos professores, a modernização tecnológica e recuperação física da rede e a valorização dos professores. Maria Eulália também enfatizou a convicção da Seduc de que o problema da educação não está no Plano de Carreira do Magistério, e sim no financiamento do Estado e o compromisso do Governo com o IPÊ público e com o estancamento do déficit previdenciário e o pagamento integral de aposentadorias dos servidores. Ela lembrou que a Secretaria da Educação corresponde a 67% do vínculo do quadro do Estado, e a massa salarial corresponde a apenas 45,29%, o que confere aos trabalhadores da Educação uma média salarial de R$ 1,6 mil na Seduc, a mais baixa entre as secretarias estaduais.

“O debate sobre a reforma da previdência deve ser aberto e amplo. Esperamos que as propostas apresentadas pelo Governo ao Legislativo sejam analisadas por vocês. A diferenciação de alíquotas da previdência não retira direitos duramente conquistados; ela visa ao estancamento do déficit e à retomada da curva ascendente de salários”, frisou a secretária em exercício, pronunciamento que recebeu aplausos. Maria Eulália enfatizou que 17% dos salários do Estado sofrerão aumento de alíquota. A ideia é que até o teto de R$ 3,7 mil, o servidor continue pagando 11% para a previdência. “A alíquota de 16,5% será aplicada à diferença entre o salário e este teto, ou seja, um salário de R% 5 mil pagará 11% sobre os R$ 3,7 mil do teto e 16,5% sobre os R$ 1,3 mil restantes”, ilustrou. “Trata-se de garantir que daqui a 10 anos nossas aposentadorias e a pensão dos nossos dependentes sejam pagos integralmente, em vez de caminharmos para a derrocada do Estado”, disse a secretária, que até dezembro de 2010 era professora da EJA na Zona Norte da Capital.

Adriana Rodrigues, assessora da EJA no Departamento Pedagógico da Seduc, reiterou a realização do seminário como uma iniciativa de “resgate da formação continuada em serviço”, reivindicação permanente da categoria.

O debate da manhã prosseguiu com a palestra “Relações com a EJA e diretrizes curriculares na/para EJA”, da professora Elisete Enir Bernardi Garcia, coordenadora e supervisora da PEJA/Smed São Leopoldo, que parte do princípio de que “discutir a EJA justifica-se pelas ausências e as presenças das políticas educacionais em nosso País”. Para Elisete, a práxis educativa deve ter a escuta dos estudantes: quem são os sujeitos que vivenciam a EJA? Que faixas etárias representam? Qual gênero predomina? O que fazem? Como produzem a existência? Que educação desejam? Que dificuldades enfrentam para estudar?  

Ela propõe como necessidade para a EJA: "oferta de aulas nos turnos diurno e noturno; articulação do currículo com o mundo do trabalho, política de ingresso, permanência e saída dos alunos, alternativas pedagógicas para estudantes com defasagem idade-série e política de formação e lotação com permanência dos professores". Além disso, Elisete sugere investimento na perspectiva das Redes Sociais, na aprendizagem, na diversidade e na vida, investir na relação professor-aluno, é preciso ter projeto de vida.

Participam do encontro no auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa da Capital mais de 500 pessoas, entre professores, supervisores e coordenadores pedagógicos representantes de 141 escolas que têm turmas de EJA na abrangência das seis CREs, além de dois representantes de cada Coordenadoria participante. Participaram da cerimônia de abertura do Seminário os coordenadores regionais da Educação Tânia Soares (1ª), Maria Luiza da Cunha Sedrez (2ª), Leni Kray (11ª), Edson Portilho (27ª) e o coordenador-adjunto da 28ª CRE, Luciano da Silva. Os debates prosseguem também à tarde (confirma programação abaixo).

Programação

Manhã:

Palestra 2 - Aspectos relevantes da Resolução CEED 313/2011 – Prof. Antônio Saldanha (Coordenador Coordenação de Estrutura e Funcionamento Escolar/Seduc)
Momentos de discussão e esclarecimentos de questionamentos

Almoço

Tarde – 13h30 – Apresentação de Boas Práticas

1)Relação da EJA com tecnologia da informação – EEEM Villa Lobos – São Leopoldo

2)O papel da EJA na reintegração social – EEEF Irmão Miguel Dario – Prisional semiaberto – Porto Alegre

3)A inclusão na EJA – EEEF São Francisco de Assis – Porto Alegre

4)Organização curricular por área de conhecimento – EEEM Caetano Gonçalves da Silva – Esteio

Lanche

Palestra 3 – Compartilhamento de experiências significativas de trabalho com a EJA – Profa. Dóris Maria Luzzardi Fiss (Professora do Curso de Aperfeiçoamento em EJA e Educação Social
Debates e questionamentos

Avaliação e encerramento"


Relato de Experiência apresentado pela EE de Ensino Médio Caetano Gonçalves da Silva

Os/As professores/as, Diretora Conceição Sachs da Silva, a Supervisora Nara Solange Silva Nunes e o Professor Marco Aurélio Muller,    apresentaram um relato de experiência na escola Caetano, justificando e diagnosticando que o maior número de evasões decorre de um acúmulo de disciplinas ao mesmo tempo, muitas turmas por professor e acompanhamento da estrutura do ENEM. Na sequencia apresentaram a estrutura e o funcionamento do ENEM na Escola e depois elencaram as vantagens de suas propostas em como deveria ser o ideal de escola com EJA.  Propuseram que devem ser menos turmas por professor, maior inter-relação entre professor x aluno e interdisciplinaridade.

Sugeriram a redução do número de disciplinas semanais e o aumento da carga horária das mesmas, com possibilidade de melhor organização para aquisição do conhecimento.

A carga horária e Lei foram preservadas, nos aspectos qualitativos e quantitativos.

Os/As professores/as possuem menos turmas, possibilitando melhorar o conhecimento do aluno e organização de seus planos de trabalho; e disseram que estão abertos para a Lei votada em 05/05 pelo CNE que dá maior flexibilidade e autonomia às escolas frente a distribuição da carga horária.